Sanessol explica: o que provoca o extravasamento de esgoto e o que pode ser feito para evitar | Sanessol

Você já viu esgoto transbordando pela rua em dias de chuva? Esse fenômeno, conhecido como extravasamento de esgoto, é um dos grandes desafios do saneamento básico no Brasil. Além dos riscos à saúde pública, os extravasamentos causam mau cheiro, poluição de corpos d’água e degradação urbana.

A Iguá Saneamento, presente em seis estados e responsável por mais de 120 municípios, atua diretamente para enfrentar esse problema. Em Mirassol, a companhia é responsável pela Sanessol que realiza manutenções preventivas, investe em modernização da infraestrutura e promove ações contínuas de educação ambiental com foco na preservação das redes de esgoto.

De forma simples, o extravasamento ocorre quando a rede coletora de esgoto não consegue dar vazão ao volume recebido. As principais causas incluem entupimentos por descarte indevido de resíduos (como gordura e lixo doméstico), sobrecarga durante chuvas intensas e conexões irregulares de água pluvial em sistemas projetados exclusivamente para esgoto.

“Esses fatores muitas vezes passam despercebidos pela população, mas têm grande impacto no dia a dia das cidades. Quando resíduos sólidos ou águas da chuva entram no sistema de esgoto, comprometem sua capacidade e geram sobrecarga. Isso pode levar à paralisação parcial ou total da rede e ao extravasamento nas ruas ou até mesmo em residências”, explica Guilherme Paladini, gerente de desenvolvimento operacional da Iguá Saneamento.

Fraudes e ligações irregulares também agravam o problema. Segundo dados técnicos do setor, esse tipo de conexão pode representar de 30% a 40% das perdas totais em sistemas de abastecimento. Essas ligações clandestinas, geralmente feitas de forma improvisada, sobrecarregam as redes e criam instabilidades operacionais que afetam diretamente o sistema de esgotamento sanitário.

Além dos impactos estruturais, o extravasamento de esgoto traz riscos concretos à saúde. Doenças como diarreia, cólera, febre tifoide, leptospirose, esquistossomose e hepatite A estão diretamente associadas à exposição ao esgoto não tratado, comprometendo a segurança sanitária de comunidades inteiras.

Boas práticas e soluções preventivas

Para enfrentar esses desafios, a Iguá adota um conjunto de medidas articuladas em suas operações. Em Mirassol, a Sanessol atua com manutenção preventiva periódica, modernização das redes, uso de sensores de monitoramento em tempo real e implantação de redes separativas, que impedem o lançamento de água da chuva nas tubulações de esgoto.

Mas o papel da população também é essencial. Atitudes cotidianas, como não jogar lixo no vaso sanitário, evitar a conexão de calhas à rede de esgoto e não descartar gordura na pia, contribuem significativamente para o bom funcionamento do sistema.

“As nossas estações de tratamento de esgoto Piedade, Fartura e Fundão foram desenvolvidas para receber apenas efluentes domésticos. Quando sofre interferência de águas pluviais em casos de imóveis que com uma única tubulação para água e chuva e esgoto ou resíduos sólidos ou gordura quando jogados no ralo, podem interferir na eficiência das ETEs. A tecnologia é uma grande aliada, mas a preservação da rede exige, acima de tudo, consciência de todos”, explica Luís Guilherme Bizelli, diretor-geral da Sanessol.

Ações educativas e impacto positivo

Em paralelo às soluções técnicas, a Iguá investe em programas contínuos de conscientização. Em 2024, mais de 85 mil pessoas participaram de atividades de educação ambiental promovidas pelas operações locais, com foco em descarte correto de resíduos, uso racional da água e preservação dos sistemas de esgoto.

Essas ações reforçam o compromisso da empresa com a transformação social, a sustentabilidade e a construção de cidades mais saudáveis e resilientes.

Em Mirassol, um dos principais destaques da agenda socioambiental da Sanessol é o projeto “Reviva Óleo”, realizado em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, e com o Lions Clube da cidade.

Com o objetivo de recolher óleo de cozinha usado, a iniciativa envolve 10 escolas e creches da rede municipal de ensino, alcançando centenas de famílias por meio da participação ativa de crianças e adolescentes. No primeiro semestre de 2025, o projeto arrecadou cerca de 7.500 litros de óleo, um resultado expressivo que reforça o comprometimento da comunidade com a preservação ambiental.

Além do “Reviva Óleo”, a Sanessol também desenvolve os programas Sanessol nas Escolas e Você no Saneamento, que têm como foco levar à população informações relevantes sobre os serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

“Dessa forma, cumprimos um importante papel social ao conscientizar a população sobre a relevância do nosso trabalho — tanto para a qualidade de vida dos moradores quanto para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da cidade”, destaca Luís Guilherme Bizelli, diretor-geral da Sanessol.

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