Clima de deserto afeta mananciais e dispara consumo de água | Águas Cuiabá

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Clima de deserto afeta mananciais e dispara consumo de água

Clima de deserto afeta mananciais e dispara consumo de água

12 de setembro de 2019

Quatro meses de seca, recordes em queimadas, diminuição no nível dos rios Cuiabá e Coxipó, umidade do ar inferior a 15% e temperaturas superiores a 40 graus. A capital mato-grossense acumula, atualmente, uma soma de fatores que impactam diretamente o consumo de água, que em agosto foi 7% mais alto que no mesmo período do ano passado. Isso significa, em volume, 203 milhões de litros de água adicionais, motivo que leva a Águas Cuiabá a implementar um plano de ação que permita o abastecimento a toda a cidade. Nessa fase crítica, de estiagem prolongada e temperatura em elevação, a empresa solicita a toda a comunidade que faça uso consciente e moderado, para que não ocorram desperdícios no uso da água tratada.

Como parte do plano de ação, executado mediante acompanhamento da Prefeitura e do órgão regulador (Arsec), a Águas Cuiabá está implementando diversas ações emergenciais: adequações operacionais para otimizar a produção de água, disponibilização de caminhões pipa para atendimento à população, aumento das equipes de campo para agilizar o conserto de vazamentos e intensificação da parceria com a polícia para combate às fraudes.

O número de caminhões pipa para atendimento às regiões que mais necessitam foi ampliado. Foram, também, fortalecidas as equipes de plantão, para conferência permanente das condições das redes de abastecimento da cidade, que são formadas por 2,6 mil quilômetros de tubulações. Ainda no ambiente operacional, a concessionária tem mantido constante acompanhamento dos níveis dos mananciais que abastecem a cidade. A captação de água do Rio Coxipó foi otimizada, com a instalação de uma nova bomba. Dada a necessidade de aumentar o volume de produção de água tratada, a empresa solicitou ao órgão ambiental autorização para aumentar a nível de represamento de água neste manancial.

Além da diminuição do volume dos mananciais, fator que provoca queda na capacidade de produção, outras duas situações impactam o caminho da água tratada até o cliente: vazamentos e fraudes. Para combater os vazamentos, característicos de tubulações antigas, a Águas Cuiabá vem substituindo redes em diversas regiões. A empresa também reforçou o número de equipes de fiscalização, com o objetivo de agilizar os procedimentos de reparo de vazamentos. Quanto às fraudes, que são os furtos de água, conhecidos como “gatos”, a parceria com a força policial tem oportunizado o combate a essa prática criminosa, que tira água dos clientes regulares e coloca o sistema em risco.

“O Estado de Mato Grosso tem enfrentado condições climáticas severas e complicadas, contexto que levou, inclusive, o governo a decretar Situação de Emergência. Os recursos naturais são esgotáveis e preservá-los é tarefa de toda a comunidade. Pedimos que nesse período de forte estiagem, até que ocorram as primeiras chuvas, a população use a água tratada de maneira consciente e moderada, de forma a conseguirmos passar pelo período mais crítico dessa situação”, explica o diretor-geral da Águas Cuiabá, Luiz Fabbriani.

NOVA ETA ENTRA EM OPERAÇÃO EM BREVE – A região onde estão localizados bairros como Santa Terezinha, Parque Cuiabá, Parque Atalaia e Cohab São Gonçalo passará a ser atendida, a partir do fim deste ano, por um novo sistema de abastecimento de água, o Sistema Sul. Neste momento, as obras de construção da mais nova estação de tratamento de água de Cuiabá, a ETA Sul, entram na fase final. Composto por uma unidade de captação instalada no Rio Cuiabá, quatro reservatórios com capacidade total de 18 milhões de litros, 36 quilômetros de adutoras e uma ETA apta a tratar 750 litros de água por segundo, o Sistema Sul beneficiará a 203,6 mil pessoas em 83 bairros. 

“Estamos, literalmente, construindo a solução para o abastecimento dos bairros da região sul de Cuiabá. As obras estão em curso e são resultado do investimento de R$ 65 milhões”, observa Fabbriani. “Enquanto a obra não é concluída, nossa prioridade é garantir, da melhor forma possível, o abastecimento aos moradores da região. Para isso, nossas equipes e caminhões pipa estão em campo, porém, até que as chuvas retornem, é fundamental o uso consciente da água.”
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