Em três anos, capital de Mato Grosso transforma saneamento básico | Águas Cuiabá

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Em três anos, capital de Mato Grosso transforma saneamento básico

Em três anos, capital de Mato Grosso transforma saneamento básico

27 de agosto de 2020

Na dianteira nacional dos investimentos em saneamento básico, a capital mato-grossense vive uma nova realidade em esgotamento sanitário doméstico e abastecimento de água. Os avanços são resultado do investimento de R$ 500 milhões em obras realizadas mediante projetos que atendem às atuais necessidades do município e o preparam para crescer de forma sustentável. Além das ações já realizadas, dentre as quais a construção da Estação de Tratamento de Água Sul, a instalação de 60 quilômetros de redes de água e 147 quilômetros de redes de esgoto, a concessionária Águas Cuiabá, responsável pelos serviços e controlada pela Iguá Saneamento, já está trabalhando na mais nova entrega à comunidade cuiabana: a Estação de Tratamento de Esgoto Lipa. A cidade totalizará, em 2024, a inédita marca de R$ 1,2 bilhão dedicados ao saneamento.


A ETE Lipa será responsável pelo atendimento a 126 mil pessoas, em 75 bairros da região do Ribeirão do Lipa. Ela está sendo projetada com tecnologia que conta com filtro biológico, que reduz a carga de resíduos orgânicos cinco vezes mais rápido que o modelo convencional. Com sua entrada em operação, prevista para 2021, até 22 toneladas de esgoto deixarão, progressivamente, de ser lançadas, por dia, na natureza – especialmente no Rio Cuiabá. "Outro ganho importante da nova ETE será o fim do lançamento de esgotos no Parque Mãe Bonifácia, um anseio da população, do poder público e da concessionária", pontua o diretor geral da Águas Cuiabá, William Figueiredo.


A capacidade de tratamento da estrutura será de 260 litros por segundo. Para a coleta do esgoto, serão instalados 262 quilômetros de redes, com obras em bairros como Jardim Alvorada, Ribeirão do Lipa e Duque de Caxias.


E os avanços em esgotamento sanitário não ocorrerão apenas nessa região. No outro lado do município também será construída uma estação de tratamento. A ETE Sul deve começar a operar em 2022. Com capacidade de tratar 150 litros por segundo, ela atenderá, até o final de 2024, 87 mil pessoas. Os 51 bairros contemplados receberão 182 quilômetros de redes coletoras. Com a unidade, 13 toneladas de carga poluidora deixarão de ser lançadas por dia nos mananciais.


As duas estações de tratamento de esgoto serão edificadas a partir de modernas técnicas construtivas, com a adoção de um método modular, que diminui o tempo de montagem. Estruturas em concreto, equipamentos e tanques em aço, todos pré-fabricados, são transportados diretamente da fábrica para o local de instalação. Esse tipo de tecnologia em engenharia proporciona agilidade na obra, com redução de resíduos de construção e desperdícios. Os projetos vêm seguindo padrões europeus, visando benefícios à população e eficiência energética.


A ETE Lipa e a ETE Sul trarão, ainda, inovações tecnológicas operacionais, posicionando Cuiabá como uma das cidades com mais alta qualidade no tratamento de efluentes domésticos. "Esgoto tratado significa saúde para a população e preservação dos recursos naturais. É a sustentabilidade na prática, que traz benefícios imediatos e futuros", observa o diretor.


A soma das duas novas iniciativas, acrescida das ampliações nos sistemas existentes, fará com que a capital mato-grossense atinja, em 2024, o histórico índice de 91% de coleta e tratamento de esgoto. O resultado, além de cumprir as determinações previstas no Contrato de Concessão dos Serviços de Saneamento Básico de Cuiabá e no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), representará uma conquista da população, que poderá desfrutar de mais saúde e qualidade de vida, testemunhando, ainda, ações fundamentais à preservação do Rio Cuiabá e à despoluição do Rio Coxipó.


Água – Com um sistema de abastecimento que proporciona água tratada e 100% fluoretada a todas as regiões da cidade, a concessionária de saneamento segue empenhada em garantir a qualidade do serviço. Os caminhos para atingir esse objetivo passam por ações em curso no momento, como a substituição de tubulações antigas e o combate às fraudes (gatos), que impactam o fornecimento. Ambas fazem parte do programa de combate às perdas, que é permanente e prioritário.


Outra significativa medida, que entra em campo já no início de agosto, é a chamada modelagem hidráulica, importante etapa em prol da manutenção e expansão da qualidade dos serviços de fornecimento de água. O objetivo do trabalho é a adequação do sistema de abastecimento, fazendo frente ao crescimento populacional da cidade. Integrando projetos de engenharia, operação e manutenção numa plataforma digital, o projeto de modelagem consiste num amplo escaneamento do sistema, apoiando as tomadas de decisão sobre melhorias, com foco no bem-estar da comunidade e na excelência na prestação dos serviços de saneamento básico.


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