Precisamos falar do esgoto | Iguá SA
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Precisamos falar do esgoto
04 de dezembro de 2019
Ninguém gosta de falar do que é desagradável, problemático e só atrapalha, não é mesmo? Dessas coisas, queremos nos livrar, queremos distância, e isso vai além da vida pessoal. Quer um exemplo? O esgoto, que faz parte do dia a dia de todos e sobre o qual raramente pensamos. E a prova desse argumento é um exercício simples: como se trata o esgoto? O que acontece com ele? Para onde vão os dejetos após uma descarga ou depois da tarefa simples de lavar a louça do almoço de domingo? A ausência de respostas rápidas para essas questões mostra o quanto falar sobre esgoto é necessário, e como valorizar o tema é indispensável.
E motivos não faltam para que se dissemine a consciência sobre a urgência do tema. Os índices brasileiros de saneamento são alarmantes, ao menos 100 milhões de pessoas no país não tem acesso sequer à coleta do esgoto. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, só em 2017 o país lançou aproximadamente 5.622 piscinas olímpicas de esgoto não tratado na natureza. A título de curiosidade: uma piscina olímpica comporta 2 milhões e 500 mil litros de água. Estamos falando então de mais de 14 bilhões de litros de esgoto dispensados em rios e outros mananciais – em um ano!
Questões culturais e as barreiras que dificultam a universalização do saneamento ainda são fatores para que muita gente considere normal jogar o esgoto diretamente em córregos, rios e mares, na expectativa de que os dejetos serão levados para longe.
É preciso incluir de vez o tema na agenda do país, sem perder de vista que, atualmente, um grande número de pessoas resiste a se conectar à rede de esgoto, mesmo quando disponível, provavelmente porque esse serviço ainda não recebe o devido valor. Coletar e tratar o esgoto significa cuidar também da saúde das pessoas. Doenças relacionadas a condições inadequadas de saneamento, como as diarreias, são a segunda maior causa de morte de crianças com menos de cinco anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Etapa seguinte à coleta, o tratamento do esgoto contribui com a sustentabilidade, pela geração de efluentes para devolução à natureza sem degradar o meio ambiente, ou seja, esse processo cuida também do futuro do planeta.
Apesar do cenário desafiador, especialmente no Brasil, onde somente 46% dos dejetos são destinados a estações de tratamento (ETEs), há boas notícias. Os avanços tecnológicos e de engenharia estão abrindo caminho para a universalização da coleta e do tratamento do esgoto. Na Iguá Saneamento, por exemplo, métodos inovadores têm assegurado redução significativa nos prazos de construção de ETEs e maior velocidade ao processo de tratamento.
A universalização demanda muitos investimentos, obstáculo que pode ser superado com a contribuição crescente e decisiva da iniciativa privada. O alcance do pleno atendimento também passa pela disposição das pessoas de encarar o esgoto como um tema cotidiano, tão indispensável quanto o acesso à água tratada.
A importante jornada da evolução do saneamento no país passa, portanto, por reconhecer os esforços dos agentes do setor, valorizar os serviços e ter consciência dos impactos humanos no ambiente em que vivemos. Precisamos falar mais do esgoto. Mais importante ainda, precisamos agir agora.
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E motivos não faltam para que se dissemine a consciência sobre a urgência do tema. Os índices brasileiros de saneamento são alarmantes, ao menos 100 milhões de pessoas no país não tem acesso sequer à coleta do esgoto. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, só em 2017 o país lançou aproximadamente 5.622 piscinas olímpicas de esgoto não tratado na natureza. A título de curiosidade: uma piscina olímpica comporta 2 milhões e 500 mil litros de água. Estamos falando então de mais de 14 bilhões de litros de esgoto dispensados em rios e outros mananciais – em um ano!
Questões culturais e as barreiras que dificultam a universalização do saneamento ainda são fatores para que muita gente considere normal jogar o esgoto diretamente em córregos, rios e mares, na expectativa de que os dejetos serão levados para longe.
É preciso incluir de vez o tema na agenda do país, sem perder de vista que, atualmente, um grande número de pessoas resiste a se conectar à rede de esgoto, mesmo quando disponível, provavelmente porque esse serviço ainda não recebe o devido valor. Coletar e tratar o esgoto significa cuidar também da saúde das pessoas. Doenças relacionadas a condições inadequadas de saneamento, como as diarreias, são a segunda maior causa de morte de crianças com menos de cinco anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Etapa seguinte à coleta, o tratamento do esgoto contribui com a sustentabilidade, pela geração de efluentes para devolução à natureza sem degradar o meio ambiente, ou seja, esse processo cuida também do futuro do planeta.
Apesar do cenário desafiador, especialmente no Brasil, onde somente 46% dos dejetos são destinados a estações de tratamento (ETEs), há boas notícias. Os avanços tecnológicos e de engenharia estão abrindo caminho para a universalização da coleta e do tratamento do esgoto. Na Iguá Saneamento, por exemplo, métodos inovadores têm assegurado redução significativa nos prazos de construção de ETEs e maior velocidade ao processo de tratamento.
A universalização demanda muitos investimentos, obstáculo que pode ser superado com a contribuição crescente e decisiva da iniciativa privada. O alcance do pleno atendimento também passa pela disposição das pessoas de encarar o esgoto como um tema cotidiano, tão indispensável quanto o acesso à água tratada.
A importante jornada da evolução do saneamento no país passa, portanto, por reconhecer os esforços dos agentes do setor, valorizar os serviços e ter consciência dos impactos humanos no ambiente em que vivemos. Precisamos falar mais do esgoto. Mais importante ainda, precisamos agir agora.