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Aparição de ninhos de ave rara em manguezal aponta para aumento da biodiversidade no Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá
02 de outubro de 2024
O Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá acaba de registrar um evento inédito e promissor para a biodiversidade local. Dois ninhos de biguatinga (Anhinga anhinga), espécie aquática considerada vulnerável e nunca antes observada construindo ninho no estado do Rio de Janeiro, foram identificados na última semana no manguezal da Lagoa da Tijuca. A descoberta foi feita pela equipe do biólogo Mario Moscatelli e marca um importante avanço para a preservação ambiental na região.
A aparição da biguatinga ao Complexo Lagunar coincide com as intervenções ambientais promovidas pela Iguá, concessionária de saneamento de 19 bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, como o projeto de dragagem, que está remanejando quase mil piscinas olímpicas de sedimentos finos para melhorar a troca hídrica das lagoas com o mar e teve início em abril deste ano, justamente na Lagoa da Tijuca. Além da dragagem, a concessionária realiza, desde 2022, o trabalho de recuperação das margens com plantio de mudas de espécies nativas e em breve, chegará ao número de 60 mil das 240 mil previstas. “Estamos há cinco meses apenas com atividades de dragagem. Ainda há bastante trabalho pela frente, mas sabemos que são ações como as que estamos fazendo no Complexo Lagunar que contribuem para a volta da fauna”, explica Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá Rio.
“Esse tipo de aparição não significa apenas o retorno de uma espécie ameaçada, mas um prenúncio do que as condições ambientais em processo de recuperação irão produzir em termos de incremento da biodiversidade,” comenta Mario Moscatelli. A expectativa é de que, com a continuidade dessas intervenções, o complexo se torne um ambiente cada vez mais propício para a biodiversidade, contribuindo para o fortalecimento de espécies que exigem alta qualidade ambiental para sobreviver e se reproduzir.